terça-feira, 4 de agosto de 2009

Gripe suína: eufemismo ou hipérbole????

Buenas!
Reclamei tanto da falta de tempo e da correria do dia-a-dia que agora me pego em vários momentos mergulhada em um profundo tédio. Motivos: excesso de férias, falta de saúde e impossibilidade de ficar saindo de casa por conta da nova gripe (H1N1)
Ok, eu sei que nunca fui baladeira e que tenho um espírito caseiro, mas ficar praticamente só dentro de casa por 3 semanas chega a encher o saco.
Quando essa gripe A H1N1 (ou gripe suína) surgiu, encarei-a como um problema distante. Pensei: "Ah, essa gripe está só no México e nos EUA, acho que ela não vai chegar ao Brasil e, se chegar, fará poucas vítimas". Triste engano o meu! Estamos vivendo num momento de extrema dúvida, pois as notícias estão chegando truncadas a nós. Tem horas que não sabemos se a mídia está dando atenção excessiva à esta doença ou se está colocando panos quentes em cima do que realmente está acontecendo.
Muitas pessoas estão com sintomas da gripe H1N1, mas poucos casos estão sendo confirmados. Só falam sobre casos concretos quando mortes acontecem ou quando as situações realmente se agravam. Por que será? Será que é medo do caos entre a população ou será que a intenção é que fiquemos desinformados mesmo?
Aí fica a dúvida: Estamos realmente no meio de uma pandemia ou algo está acontecendo por trás disto tudo?
Como não tenho certeza de nada, estou me cuidando ao máximo. Nunca fui fresca com questões de saúde, mas agora estou andando com álcool gel na bolsa e estou evitando ao máximo andar em locais públicos. Para as aulas na faculdade serem suspensas só pode ser porque a situação realmente está preocupante. Apesar de eu ter ficado triste com a suspensão das aulas e achar que esta medida não vai adiantar muito, talvez tenha sido melhor assim mesmo. Só acho que esta medida de suspensão das aulas não foi muito sensata, porque os estudantes que são de fora, não permaneceram na cidade, a maioria voltou para suas cidades natais. Ah, tem gente que está encarando este recesso como feriado também.
O que me deixa mais assustada no meio de tudo o que está acontecendo não é o fato de o vírus estar à solta, mas o fato de o governo não estar sabendo administrar direito a situação. Estamos totalmente à mercê desta doença, pois nem os médicos estão sabendo tratar direito os casos.
Quando fui ao médico consultar por causa da minha rinite, escutei dele algo meio assustador. Ele me disse que, provavelmente, muita gente vai pegar esta doença e que, por causa de não existir vacina no Brasil ainda, as coisas podem se agravar.
Creio que este receio e estas dúvidas não sejam exclusividades minhas. Pode ser que tudo isso passe logo ou que seja um exagero midiático, mas, na dúvida, é melhor a gente se cuidar mesmo.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Hey, pessoal!
Tudo bem com vocês?
Finalmente, as férias chegaram! Agora estou tendo um pouco mais de tempo de aproveitar meu ócio criativo, e, portanto, resolvi tirar a poeira do blog hehehe
Como um dos trabalhos finais do semestre, a minha professora de Português nos pediu para escrevermos uma crônica. Sempre escrevi matérias, mas nunca trabalhei com meu lado literário dentro do jornalismo. A princípio, fiquei meio insegura, nunca tinha escrito nada parecido, mas, baseando-me em fatos do meu passado, produzi uma que achei que ficou legalzinha. Vou postá-la aqui.
Abraços

Meu passado me condena!

Quando os finais de semestre chegam, percebo que fico cada dia mais ansiosa, desesperada para entrar em férias e, finalmente, poder fazer as coisas que realmente gosto. Sempre fui responsável com as coisas relacionadas ao estudo, mas confesso que em épocas assim, cheias de provas e trabalhos, fico totalmente desgastada e não consigo ter tantas ideias como em meus dias de ócio criativo.
Durante uma aula de Língua Portuguesa, a professora nos pediu para fazermos uma crônica, basicamente com tema livre. Poderíamos falar sobre o cotidiano, sobre as notícias atuais ou sobre as características do povo brasileiro. Tema não faltava! A proposta é excelente, mas no meio desse turbilhão de coisas, percebi que perdi minha criatividade. Bem, será que algum dia realmente fui criativa literariamente? Boa pergunta!
Gostar de Literatura, ler bastante e ser interessada por coisas relacionadas às artes não significa ser apta à literariedade. Já escrevi muitos textos jornalísticos, mas, agora, tenho que produzir uma coisa diferente de tudo o que fiz antes. Será que eu sou capaz de cumprir uma tarefa como essa?
Desde que a tarefa foi proposta, queimei meus neurônios pensando no que poderia escrever. Pensei, pensei e pensei, mas não cheguei a nenhuma conclusão. Toda esta situação me fez voltar no tempo. Lembrei de quando eu estava na pré-escola e a professora nos mandava fazer desenhos livres. Eu, uma gordinha metidinha, sempre tão falante e dona da verdade, sentia-me acuada em situações assim. Quando a gente está acostumada a seguir padrões e ordens, a liberdade nos parece estranha ou, no mínimo, desafiadora. Já que era para desenhar qualquer coisa, então, desenhei a primeira coisa que me veio à cabeça. Dias antes desse episódio, a tia da minha vó morrera. Hoje, não me lembro claramente dela, mas lembro que no seu velório, assim como todas as crianças novinhas que não entendem o significado da morte, fiquei brincando e correndo. Eureca!!! Este era um ótimo tema para eu tratar no meu desenho! Peguei meus lápis de cor, mordi meus lábios e desenhei a tia no caixão e eu ao seu lado em prantos. O desenho não condizia com a realidade, mas como sempre gostei de ser um pouco dramática, inventei algumas coisinhas.
No outro dia, a professora chamou a minha mãe. Ih, a coisa sujou pro meu lado! Não era normal uma criança de seis anos ficar desenhando defuntos e caixões, portanto, eu deveria estar com algum problema psicólogico. Grande bobagem! Eu não tinha nada de errado, apenas era uma criança utilizando um pouco da criatividade. Eu não tinha desenhado nada fora do normal, apenas fiz uma releitura de um momento pelo qual tinha passado recentemente (ok, eu romantizei o momento e abusei das tintas, mas não vem ao caso).
Um pouco mais velha, já no segundo ano do ensino fundamental, aconteceu situação um pouco semelhante, mas, agora, pior. Era véspera do dia das mães e a professora- não a mesma do desenho livre- nos deu um sapatinho para pintarmos, enfeitarmos e entregarmos para nossas mães. Peguei aquele papel, pensei em minha mãe e lembrei que ela não era muito convencional, logo, eu não deveria pintar o sapatinho de rosa e vermelho. Pintei o sapatinho de azul e verde, totalmente diferente do modo que todas as minhas colegas fizeram. Pronto, estava feita a confusão! A professora chamou a minha mãe e disse que eu queria ser diferente das outras colegas, que desse jeito eu agia de forma superior e que eu tinha saído totalmente da proposta que fora dada. Mais uma vez, usei minha criatividade de forma diferente e acabei me dando mal!
Não vou dizer que me traumatizei com esses fatos, pois acho muita graça quando lembro do que aconteceu e das repercussões que as coisas tomaram, mas, analisando tudo isso, percebo o quanto somos reduzidos à medida em que o tempo vai passando. As convenções, as normas e as regras impostas vão “castrando” nossos ímpetos criativos e daí quando podemos nos expressar de forma livre, não encontramos palavras ou ideias.
Benditos sejam aqueles que saem da normalidade, que vivem em um mundo criativo e diferente, que transbordam fertilidade em suas imaginações!
Olha só, quando comecei a escrever sobre a falta de criatividade ela me apareceu!
Já não sou mais aquela gordinha encrenqueira, mas aquela pessoa arrojada deve existir em algum lugar dentro de mim... assim espero!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Descanso ou trabalho?

O feriado finalmente chegou!
Não sei se fico feliz ou triste. De uma forma ou de outra, terei muita coisa para fazer. Tantos trabalhos, tantas obrigações... preciso de criatividade e calma para conseguir dar conta de tudo isso.
Tenho que terminar minha Iniciação Científica até o final do mês e ainda falta muito para conseguir terminá-la. Criatividade, por favor, seja generosa comigo!!
Bem, mas não vou ficar reclamando... eu me comprometo a fazer muita coisa, quero abraçar o mundo e depois fico estressada com a quantidade de obrigações a fazer.
No fim, tudo gera resultados bons... vale a pena sofrer um pouco para depois ter momentos de glória e de prazer.
Ultimamente, ando meio decepcionada com as estruturas da universidade. Por mais que a gente se esforce ao máximo, tente dar o melhor e mostrar criatividade, a burocracia vigente nas instituições servem, de certa forma, para nos desanimar de toda a empolgação que a entrada na universidade proporciona. Tenho medo, muito medo, de terminar meu curso sendo uma pessoa acomodada e concordando com tudo o que o sistema oferece. Espero não me perder no meio do caminho...

sábado, 6 de junho de 2009

Entrevistando um ídolo

Olá!
O post de hoje é dedicado a uma matéria que escrevi ano passado sobre o vocalista de heavy metal, Andre Matos. Em julho do ano passado, durante uma visita do cantor a Ponta Grossa, com a turnê do seu primeiro álbum solo, Time to be free, consegui entrevistá-lo e realizei um dos sonhos da minha vida. Nossa, já faz quase um ano que isso aconteceu e parece que faz tão pouco tempo. Decididamente, nunca esquecerei o que aconteceu!
O mais engraçado de tudo é que realizei esta entrevista no primeiro ano da faculdade, com total inexperiência. Fui "com a cara e a coragem"!
Bem, o resultado da entrevista ficou legal e, em agosto do ano passado, consegui publicá-la na Gazeta ALT, caderno que sai todos os domingos na Gazeta do Paraná. Para quem quiser saber mais sobre esse caderno de Jornalismo literário, o site é o seguinte: http://blogdoalt.wordpress.com/

A entrevista está neste link aqui:
http://blogdoalt.files.wordpress.com/2008/08/gazeta-alt-ed26-17-08-08-visualizacao.pdf

Aguardo a opinião de vocês!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Recomeçando...

Começar. Recomeçar. Voltar atrás. Tentar tudo novamente! Aqui estou, tentando me redimir do esquecimento e da negligência que tive com esse blog...
Tempo...sempre o tempo: responsável por tudo!
As coisas não andam muito sossegadas para mim. A vida de universitária está tomando quase meu tempo integral e, confesso, acabei deixando algumas importantes de lado. Uma delas é o meu blog.
Muita coisa mudou do ano passado para cá. Na correria do dia-a-dia, acabo não enxergando todas as mudanças, mas quando paro para analisar minha vida, percebo como os ares mudaram.
Acho que nunca amadureci tanto como aconteceu neste último ano. As preocupações de adultos, antes tão distantes do meu pensamento, bateram à porta do meu ser.
Ah que saudades da época em que eu dormia sossegadamente à tarde, sem me preocupar com trabalhos e compromissos! Quanta falta sinto das brincadeiras com meus primos e amigos, dos jogos de tênis de mesa, das tardes em que eu assistia animês e me imaginava como uma das personagens, das idealizações pueris...
Aquele futuro que eu imaginava antes chegou!
E agora, sonho ou vivo?
Analisando-me atualmente, percebo que me tornei uma pessoa mais realista, mais prática que sonhadora. Isso não significa que eu não sonhe, é evidente que isso acontece e, se não acontecesse, eu teria que me preocupar seriamente com meus rumos, mas eu já não consigo imaginar um futuro sólido como fazia antes. Eu pensava muito em como eu seria quando tivesse 18 anos e agora eu tenho quase 19 já. O que mudou? Será que eu mudei?
Ainda sou jovem e creio que minha experiência de vida seja pequena demais, mas, no momento, considero que é melhor construir meu castelo aos poucos, tijolo por tijolo, do que planejá-lo de forma babilônica e depois perceber que ele não passa de um castelo de areia, que pode cair com o primeiro vento que bater.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Resposta

A curiosidade habita a minha vida desde a infância... ela me faz seguir em frente, mas também me faz voltar a cabeça para o passado em determinados momentos. É como uma chama que me consome e que não permite que eu deixe as coisas quietas. Talvez seja pelo excesso desse sentimento que eu escolhi a minha futura profissão de jornalista...
Em alguns momentos, eu me sinto extremamente mal por não conseguir a explicação de determinadas coisas, mas sei que esse problema não é exclusivamente meu, outras pessoas também odeiam deixar marcas para trás.
Todo mundo tem o direito de receber explicações, ainda mais quando os problemas os envolvem! Não que as explicações detalhadas sempre mudem a situação vigente, mas elas ajudam a abrandar a alma, a resgatar o sossego, a abrir os olhos para o conhecimento.
O fascínio da descoberta me encanta, pois ele permite que eu não me acomode e busque entender as coisas, entender os sentimentos, entender a vida de alguma maneira!

sábado, 4 de outubro de 2008

E o tempo voa...

Ultimamente tenho me questionado muito sobre a vida, sobre o sentido que ela tem e sobre o valor que atribuímos a ela.
Nossas vidas passam tão rapidamente dentro desse turbilhão da modernidade. Vivemos tão cheios de tarefas, de responsabilidades, de dúvidas e incertezas que acabamos deixando de lado as pequenas coisas, aquelas coisas prazerosas, que podem até não contribuir de forma explícita para nossa existência, mas que sem elas, parece que nos falta alegria.
Admirar as flores, sentir o vento soprar nos cabelos, meditar, ler um livro por puro prazer e aproveitar alguns momentos de forma descompromissada, lembrando dos bons momentos que passaram e sonhando com os que poderão vir. Ah! Como eu queria fazer isso todos os dias!
No meio de tantas coisas, viramos espécies de robôs, pois deixamos muita coisas passarem e não filosofamos sobre elas, não fazemos uma auto-crítica, não gritamos, nos calamos...
Escrevendo tudo isso, uma tela vem à minha cabeça. Lembro da pintura de Goya em que ele retrata Saturno(tempo) comendo seus filhos com voracidade, sem piedade.
É isso que o tempo faz com a gente, somos devorados a cada momento e nem ao menos percebemos...